Trabalhadores nos Call Center do Sector dos Seguros: não se deixem enganar!
Em documento dirigido aos trabalhadores de Call Center's do sector, a Organização dos Seguros da ORL do PCP realça a ideia de que "cada vez mais as grandes companhias de seguros vão descentralizando os seus serviços recorrendo a empresas de trabalho temporário", alcaçando dois objectivos, flexibilizar o custo do trabalho, ao mesmo tempo que roubam aos trabalhadores a protecção e garantias consagradas no Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) de 2008, uma vez que muitos destes trabalhadoers não são considerados, em muitas empresas, profissionais de seguros, o que constitui um grave atropelo aos seus direitos. Ler documento em PDF
Seguros: da emissão da apólice à exploração do trabalhador
Na edição de Junho do Boletim Informativo do Sector de Seguros da ORL do PCP é destacado a intensificação da exploração no sector onde o progresso tecnológico "é apropriado pelos interesses egoístas do poder dominante e o trabalho é desvalorizado. Em vez de satisfazerem necessidades sociais, as grandes companhias reduzem o número de trabalhadores, prolongam horários de trabalho, diminuem salários reais e roubam direitos." Destaque também para a posição do PCP sobre a privatização da parte seguradora da Caixa Geral de Depósitos, os resultados da CDU nas passadas eleições para o Parlamento Europeu, a realidade dos trabalhadores em empresas de trabalho temporário e o primeiro artigo de uma abordagem histórica da luta dos trabalhadores dos seguros durante o regime fascista com a referência a uma notícia publicada no jornal Avante! de Janeiro de 1953. Ler documento AQUI
Activistas e amigos da CDU debateram as "políticas de direita, a União Europeia e o Sector dos Seguros em Portugal"
Realizou-se no passado dia 15 de Maio de 2014, um debate público no CT Vitória com o tema "As políticas de direita, a União Europeia e o Sector dos Seguros em Portugal" que contou com a participação de Miguel Tiago, deputado do PCP à Assembleia da República e de Jorge Martins, mandatário da CDU-Sector dos Seguros/Lisboa.
Seguros: Só a CDU pode representar com dignidade os interesses dos trabalhadores no Parlamento Europeu
Jorge Martins, dirigente sindical do SINAPSA, trabalhador há 13 anos num call-center do grupo Caixa Seguros que foi agora privatizado, é o mandatário CDU do Sector de Seguros / Distrito de Lisboa. No seu depoimento de apoio à CDU afirma que com o brutal ataque aos direitos dos trabalhadores do Sector, a unidade de quem trabalha exige "uma correspondência política reforçada, em Portugal e na União Europeia, que lute contra a austeridade, o empobrecimento, defenda os interesses dos trabalhadores". O apelo ao voto a ser distribuído em diversas empresas anuncia ainda o debate a realizar no CT Vitória, no dia 15 de Maio, pelas 18h30, com o tema "As políticas de direita, a União Europeia e o Sector dos Seguros em Portugal" que contará com a participação de Miguel Tiago, deputado à Assembleia da República e Jorge Martins. Ler documento aqui
Nos Seguros, aumentam os lucros, baixam os salários e os direitos
O Sector dos Seguros da Organização Regional de Lisboa do PCP lançou o primeiro número do seu novo boletim informativo onde denuncia o aumento brutal dos lucros das maiores empresas seguradoras ao mesmo tempo que os trabalhadores sofrem duros ataques aos seus direitos e salários. A luta em defesa do CCT 2008, a necessidade de unidade de quem trabalha contra as tentativas de intensificação da exploração, a fotobiografia de Álvaro Cunhal e as eleições para o Parlamento Europeu são os outros temas abordados. Ler aqui
Chantagem e coacção na Fidelidade
O SINAPSA (Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins) em comunicado aos trabalhadores denuncia que tomou "conhecimento que a Fidelidade, através de alguns Directores, anda a pressionar ilegitimamente associados do SINAPSA a aderirem ao CCT 2012, com a promessa que, caso o façam, ainda poderão marcar 25 dias úteis de férias para 2014 e lhes ser concedidos os dias de Licença com Retribuição." Uma atitude de perseguição que se repete em inúmeras outras empresas do Sector com o objectivo de levar os trabalhadores a integrarem o Contrato Colectivo de Trabalho de 2012 assinado entre sindicatos afectos à UGT e Associação Portuguesa de Seguradores que na prática apenas faz valer os direitos dos patrões. Ler aqui
Marcha para São Bento: apelo à participação do SINAPSA
O SINAPSA, Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins em comunicado aos trabalhadores do sector apela à participação na marcha de amanhã, dia 27 de Fevereiro, pelo cumprimento do Contrato Colectivo de Trabalho de 2008, pelo direito à contratação colectiva, pela revisão das tabelas salariais, contra os despedimentos em diversas seguradores. Ler comunicado aqui.
Trabalhadores das seguradoras do Grupo Caixa em Luta!

OS SEGUROS EM PORTUGAL
1.Caracterização do sector
Na VIII Assembleia da Organização de Seguros do PCP e noutras reuniões, os comunistas, fazendo a análise do triénio 2003/2005, debruçaram-se também sobre a performance da actividade seguradora, procurando identificar os aspectos mais relevantes que a definem na actual conjuntura:
- Antes do mais, verifica-se o aprofundamento do processo de concentração (com a particularidade - que pode ser aproveitada positivamente, se houver vontade política para tanto - de que parte substancial do domínio do mercado constitui pertença do Estado português). Neste momento, os cinco maiores grupos financeiros já detêm 3/4 da quota de mercado, o que faz de Portugal um dos países do mundo onde a concentração é mais acentuada.
- Tal fenómeno regista-se em simultâneo com a crescente redução do número de empresas, de trabalhadores do quadro e de mediadores.
- Paralelamente, assiste-se a um reordenamento do quadro jurídico, que respondendo, é certo, também a preocupações de natureza técnica, comercial, administrativa e financeira, visa, sobretudo, a harmonização do espectro legal com as orientações comunitárias, em direcção ao mercado único dos seguros, de sentido claramente neoliberal.
- Comportamento económico/financeiro globalmente satisfatório, face às contigências de um ambiente macro-económico débil. Os prémios cresceram 62 % e a sinistralidade bruta apresentou uma taxa média de 60 %, o que se revela um bom rácio de equilíbrio.
- A taxa de rendibilidade cresceu, nos dois últimos anos, para 4 %, tendo permitido fortalecer as empresas, registar bons níveis de investimento líquido e remunerar os accionistas.
2. A situação dos trabalhadores
- Interessa sublinhar - como preocupação de fundo - a crescente proliferação do trabalho precário, que se traduz na utilização abusiva e, amiúde, de legalidade duvidosa, dos contratos a prazo, do trabalho à tarefa e da utilização dos recibos verdes.
- Afinando claramente o diapasão pela via do capitalismo mais selvagem e retrógado, as empresas (incluindo, infelizmente, algumas detidas pelo Estado e por entidades que se reclamam da economia social, as quais deveriam, por isso mesmo, ser as primeiras a transmitir exemplos firmes de equidade), apoiadas pela sua associação patronal (APS), com a servil complacência dos sindicatos reformistas (STAS e Sisep) e à falta de uma intervenção activa dos órgãos de regulação e controlo (ISP e Inspecção do Trabalho) libertam-se, impunemente, de muitas das obrigações previstas na lei e no CCT.
- O carácter eminentemente explorador e egoísta, bem como, neste capítulo, uma gestão de comprovada ineficácia – no caso de uma actividade situada um país, como Portugal, que pretende aproximar-se dos patamares de rentabilidade da U.E. - sob o ponto de vista económico (porque lhe falta a perspectiva da motivação e do investimento nos recursos humanos) dos nossos empresários de seguros fica ainda explicitado na forma como entendem a repartição da riqueza.
3. Os resultados
As seguradoras crescem, reforçam-se e aumentam os seus lucros (os resultados acumulados dos exercícios 2003/2004/2005 aproximam-se de 1.200 milhões de euros, significando uma média – óptima – de remuneração dos capitais próprios na ordem dos 13 %).
É de inteira justiça salvaguardar, neste quadro negro, as raríssimas seguradoras onde subsistem preocupações de natureza social e nas quais a realidade é diferente.
4. Afinal o que pretendem os comunistas?
O objectivo final dos comunistas consiste na felicidade do ser humano.
Janeiro de 2007
Sector de Seguros da ORL do PCP